quinta-feira, 15 de março de 2007

Dúvida, certeza e ciência...

«Penso, logo existo.» - Descartes

Desde há muito que me apercebo que na vida, não há certezas. Pelo que tenho percebido nas aulas de filosofia (através dos longos monólogos, harmoniosamente combinados com o sotaque beirão com que António Oliveira profere as suas palavras), Descartes não partilha da minha opinião... Ele entendia que para podermos duvidar ou sonhar, teríamos necessariamente de existir. Até a esse ponto, dou-lhe a mão à palmatória. Contudo, ele concebia a dúvida como um método construtivo, ou seja, a dúvida devia ser utilizada com o intuito de criar a ciência moderna, onde a dúvida dá lugar à certeza absoluta. Tudo isto para dizer que, até certo ponto, a dúvida comanda a vida.
O que seria uma vida sem a dúvida? - Seria, sem dúvida, monótona (lá está: sem dúvida, repararam no trocadilho?! - ok, não...).

O que seria a vida sem aquela dúvida matinal sobre se o nosso pequeno-almoço será chocapic ou corn-flakes? Ou, até mesmo, o que seria a vida sem a dúvida persistente sobre qual será a tragédia que a TVI vai noticiar desta vez, uma morte por atropelamento ou o caso de uma mulher desesperada que matou o marido à machadada? - Bem, acho que já perceberam aonde quero chegar... É realmente a dúvida que controla as nossas emoções, os nossos estados de espírito e que faz com que cada um de nós sonhe e construa o seu ideal de vida. Viver é duvidar, viver é sonhar...

Permitam-me agora lançar um facto que se aproxima a largos passos de se concretizar e do qual não há qualquer dúvida:
«Fim das aulas, logo férias.»

Perdoem-me os apreciadores do acto do conhecimento, que todos os dias acordam com um sorriso na face por se aperceberem que mais uma manhã de aulas se avizinha, mas... morria se não dissesse isto...

2 comentários:

Anónimo disse...

O oliveirinha e aquela base filosofica essencial... xD

Anónimo disse...

nao teve graça!!!!!! xD