terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Gravar a alma


Eu sei que vos tenho faltado com as minhas palavras. Não é que alguém queira forçosamente ler aquilo que eu escrevo, mas gosto de pensar que, pelo menos, não escrevo em vão. Para mim, a escrita nunca é em vão. Mas adiante... Espero que tenham tido um Natal digno deste mesmo nome. Acima do bolo-Rei e das filhozes, Peace and Love são os meus desejos.

E como o ano já vai longe, amanhã piro-me daqui para Almograve. Daí o trocadilho deste título... Mas não devem ter percebido... Perceberam?! Na...

Óptimo 2010, minha gente!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Jura

Jura que não vais ter uma aventura
Dessas que acontecem numa altura

E depois se desvanecem
Sem lembrança boa ou má
E por isso mesmo se esquecem

...

Jura que não vais ter uma aventura
Porque eu hei-de estar sempre à altura
De saber
Que a solidão é dura
E o amor é uma fervura
Que a saudade não segura
E a razão não serena

Mas jura que se tiver de ser
Ao menos que valha a pena

«Jura» - Rui Veloso

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Saudades


Este jardim...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Desculpem a demora


Diz que é dia de S. Martinho.
Haja uma castanha assada e quentinha que aqueça as mãos e aconchegue o estômago de muitos!
Já que nada me aconchega a mim...
Nem o simples electromagnetismo.
Nem nada.
Nada!!!

sábado, 31 de outubro de 2009

Grande Duffs!


Um pouquinho de "mim" e tal...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

É incerto

Aparentemente, tudo voltou ao mesmo. O costume de levantar cedo, por vezes com vontade nula, com a cabeça posta no dia a dia que é estudar e estudar. Uns dias mais, outros dias menos. Outros em que nada faço. É incerto.
Há dias em que acordo e penso que vou conseguir aquilo que propus a mim próprio.
Há outros em que adormeço a pensar naquilo a que realmente me quero propôr. Mais uma vez, é incerto.
Num dia X, posso querer Y. No dia seguinte, posso querer Z só por recear não conseguir Y. É incerto.
Mas esqueçam lá isto. Já está tarde...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

'Nós temos orgulho na nossa história...!'

Passadas que estão três semanas desde o início de mais um ano de dores de cabeça, dou por mim por aí a passear de capa e batina, seja numa caminhada até ao Rossio ou até a fazer com que a caloirada grite bem alto o nome da dádiva que é o curso que escolheram.
Por razões meramente formais, não posso pôr-me aqui a "entoar" o grito deste grande curso, mas deixo assim umas achegas: 'Civil é do c...!'. E pronto, deixo a interpretação fantasiosa para as vossas mentes perversas.
Não me vão ver com o típico discurso pedagógico que a praxe não é má, bla bla bla. É praxado quem quer e ponto final. E se é justo congratularmo-nos com o êxito da nossas actividades, em muito o devemos aos novos alunos! Um grande obrigado!
Ao Miguel Paleta, ao Diogo Ferreira e a todos os demais membros da grande CPMEC, Comissão de Praxe do Mestrado em Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico, aqui deixo as minhas saudações com a certeza que muito me têm transmitido no que respeita ao espírito entusiasta, mas sério, com que encaram a tradição académica e a vida de estudante! Sei bem que todos demos o nosso máximo e quando assim é, nada mais importa.
Posto isto, é altura de puxar a brasa à nossa sardinha dizendo que nos próximos dias 9 e 10 de Outubro vai ter lugar na Alameda do IST, o grande Arraial do Caloiro '09. Todos serão bem-vindos! Até o Sócrates vá... A Tasca do Trolha estará concerteza por lá para vos mostrar que é pura e simplesmente a melhor.
LA LA LA LA LA LA LA CIVIL ALLEZ!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

«Oh diabo...»


Eram umas oito da manhã. EU ouvi esta coisa. Apanhei um susto do catano para dizer a verdade. Já passaram alguns dias, mas só agora encontrei estas imagens que mostram bem aquilo que realmente aconteceu neste dia 9 de Setembro. Obrigado meu caro Nato!
IMPRESSIONANTE.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sou hoje...


Sou hoje aquele a quem todos podem pedir ilações. Sou hoje aquele a quem todos podem apontar o dedo pelo simples facto de me ter atirado de cabeça sem recear o golpe. Cheguei. Cheguei livre de arrependimento. Cheguei para ficar e daqui não sairei. As respostas que procurava, essas, já as tenho. Tenho-as, não as tendo. Descobri-as, mas a audácia de conseguir trazê-las para dentro ainda me escapa. Poderá ser um sortilégio por tempo indefinido, mas isso, não é nada que me seja estranho e que, muito menos, me deixe de cabeça assombrada. O tempo deixou de ser uma questão de fundo, pelo menos, para mim. Sonhei, não me apercebendo que estava a sonhar. Sonhei, acarretando comigo a perfeita noção de que o fim do sonho estaria reservado para um dia que até hoje desconheço. Continuarei a sonhar sempre, mas com os dois pés no chão. E a vida continua.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Podem dizer...

Podem chamar-me maluco ou outra coisa qualquer. Podem até dizer que, por muito que eu diga que não, a resposta é sim. Podem dizer que perdi o juízo por partir comigo e apenas comigo rumo a um sítio que mal conheço. Podem dizer tudo o que quiserem pois sei que dei asas para que isso aconteça. Podem achar-me um tanto ou nada diferente tendo em conta que, para mim, tudo sempre se resumiu ao preto e branco, não havendo lugar para o cinzento da incerteza. Podem dizer o que bem vos apetecer, mas eu digo-vos que há alturas em que temos que crescer a nosso próprio custo, longe de tudo o que nos é familiar. Podem até dizer que não é necessário arriscar para crescer, mas eu digo-vos que também o é!
Barcelos, 02/09/09.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Parto...

Com um pé na Terra e outro no Céu...

sábado, 29 de agosto de 2009

Três...3 anos

O quê? Já passou este tempo todo? Quem diria... Olho para tudo o que neste blogue foi escrito, confessado, desabafado e penso naquilo que eu próprio era há três anos atrás. Tudo mudou. Uns pontos para melhor. Outros para pior. Todos crescemos. Não só os que aqui escrevem como também os que nos lêem. E assim continuaremos, sempre. Para a escrita, para o pensamento, para a arte. Hoje fazemos três anos.
Os Impressionistas.

domingo, 23 de agosto de 2009

Noite, sonho e tudo o mais


É noite e o sono não surge.
Esconde-se, teimando em escapar…
Por agora em mim apenas urge
O Sonho em sonhos alimentar!

Não que seja nítido para mim,
Nem tão pouco simples de compreender
Que a secreta voz me segrede assim…
Como se fosse simples viver!

(Olho o profundo silêncio que é o pensar.
E pergunto-me como se me desconhecesse…)

Do que me valerá afinal
Afastar a sombra da ilusão
Quando os meus pensamentos
A meia haste estão?

Não a meia haste de luto, ora essa!
Mas sim a meia altura.
Aquela que me grita para descer à Terra
Enquanto fito o céu da Ternura!

Doravante, por ti, oh vida!
Que farei para te dotar de sentido?
Agarro a felicidade proibida?
Ou morro só e arrependido?


Aspiro as respostas...
Essas que mantêm viva a esperança.

23/08/09

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Sentimentos


Voltei a sentir algo que me escapava há muito. Não só a família e os amigos de sempre que, nos momentos de sorriso ou de lágrima, me fazem sentir que sou realmente querido e que afinal represento algo mais do que possa julgar... Não só o conforto que é não ter mil e um pensamentos dessincronizados a ecoarem-me na cabeça... Não só todas estas sensações como também outras e mais algumas. Talvez por pura e supérflua ocupação do meu tempo e de não ter guardado mais nenhuma prateleira no meu cérebro para uma preocupação de última hora. Talvez por isto, talvez por outra coisa qualquer, tenha sido o coração a tomar a voz. Foi este o ano mais intenso da minha vida. E não só nos livros, como também naquilo que chamamos de sentimentos que, ora nos puxam para a ribalta da alegria e da cegueira de tudo o resto, ora nos embrulham no mar da tristeza e da consciência plena da nossa dor que involuntariamente dramatizamos... Pior é pensarmos que, de facto, conseguiremos ultrapassar a próxima barreira quando ainda não deixámos para trás a presente. Hoje, sei bem qual é a minha barreira. É tão nítido para mim... A pouco e pouco fui perdendo a noção do que tenho vindo a conquistar e a conseguir com a minha maneira sonhadora de ser! Crítico é o meu estado de não saber se o próximo passo a dar será o último ou um alimentar deste Sonho que em sonhos criei... Por sorte procurada ou merecida, por mera coincidência ou porque fora assim escrito, encontrei Alguém a quem me tenho prendido sem me dar conta. A questão seria fácil se não existissem certos e perigosos "mas...". Entrei neste beco e não sei como sair dele...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O tempo não perdoa

É verdade, sim. O tempo não perdoa. Vai para uma semana que somei mais um aos dezoito anos da maioridade que há um ano atingira. Poderia perfeitamente ser um sinónimo de progresso na capacidade de distinguir o bom do mau gosto, o possível do impossível, a realidade do sonho, mas não. Creio que estou na mesma. E quando digo que estou na mesma, quero com isto dizer que não é evidente para mim que tenha crescido ao longo deste tempo "todo". Eu sei. Não estou a ser claro... Mas também nunca foi na clarividência das coisas e do mundo que conheço que em momento algum me revi, até porque acho que para mim nada é transparente. Nem o agir, nem o conhecimento, nem a conquista da pura amizade, nem o amor... Nem mesmo o enigma que é o ser Humano. Nem mesmo o porquê de uns nos admirarem, outros nos odiarem, outros nos preferirem a terceiros, outros nos adorarem, mas que nem assim se revelam capazes de o demonstrar. No entanto... Talvez me tenha precipitado. Talvez tenha crescido. Admito que sim. De um menino loiro de olhos azuis, tronco não muito magro e postura reguila a um rapaz de um metro e oitenta e tantos centímetros de sonhador, leal e como todos os outros Homens, sentimental e introspectivo. Fisicamente, todos acabamos por crescer. Uns mais, outros menos - culpa do metabolismo biológico que nos diferencia. E, no entanto, a bom porto chegaremos à conclusão que nada daquilo que fomos se desvaneceu. Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. - sábias palavras de Lavoisier postuladas numa época particular, mas que facilmente se mostra transportável para a contemporaneidade. E tal como a Física, também a vida é feita de postulados e premissas válidas até ao rebentar de um novo Big-Bang. A astúcia de saber acompanhar o avanço dos tempos é um desafio difícil, mas coerente para o comum mortal. Acho que tenho conseguido fazê-lo. É óbvio que hoje não passo de um "puto" ainda verde, muito verde, mas que, em certa medida, já vislumbra o mundo de uma forma diferente de há dezanove anos atrás. São muitos os que qualificam a minha geração como a da internet e dos vícios precoces, esquecendo-se, talvez, que ninguém tem o poder de ir a um supermercado e escolher o dia predilecto para vir ao mundo. Não tenho culpa de não ter ouvido o Grândola Vila Morena em Abril de '74, nem sequer de não ter sentido aquele formigueiro de nervos no ventre enquanto Armstrong pisara a Lua em '69. Assim como os que partiram antes do início do novo milénio não puderam assistir à queda das duas torres para enorme júbilo de uma infinidade de podres árabes. Mais novos ou mais velhos, todos assistimos a coisas que nos tocam de uma maneira ou de outra. A absorção daquilo que tenho visto, ouvido e sentido, fez de mim aquilo que sou hoje. Mais maturo, quiçá mais capaz de não dizer sempre "sim". Guardo em mim o sonho de chegar a um instante mais longínquo da minha viagem pela Terra, relembrar o passado e poder apontar "aquele sou eu" e não "aquele fui eu". Por muito que mude, tudo fica.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Poesia, amor e bem-querer...

Posso amar com o pensamento
Ofertar minha emoção
Entreabertas estão as portas do tempo
Sozinho me encontro na escuridão
Indiferente a este desalento
A mando de todo o coração

Estou agora intrigado

Tento escrever e não consigo
Um vento longo e desanimado
Doravante anda comigo
Odioso fico eu

Ontem ninguém nada me disse

Quanto tempo já decorreu...
Uma vez apaixonado
Estremeço e anseio transtornado

S
e essa pessoa sou eu
Eis que espontaneamente me encontro

Acompanhado de oásis deserto
Muito mais vivo e resplandecente
Agora se demonstra e está mais perto

Caminho nestes passos raros
Horas passam devagar
Olham para mim breves momentos
Raramente revelam eventos
Anunciando que o amor anda no ar

Sinto-me de novo atormentado
E algo mais forte do que eu
Não consigo agora manter calados
Todo o espírito, todos os fados
E toda a música que me envolveu

Entoo agora este som

Que me faz chorar e sorrir
Uma melodia e o seu tom
Estão na minha alma a florir

Nunca deixo de sentir
A sensação de estar refém
Ou cativo do amor, de mim e de mais ninguém!

Sóbrio de bem-querer me sinto
E prisioneiro do poema e de alguém

Visto que o amor é o sentimento mais bonito
E o mais cruel e vingativo também...

Captaram a mensagem subliminar? ...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

IST Hollidays!

É oficial. João, o poeta é o novo reforço do Férias Tremendamente Desejadas Clube (FTDC). Por volta do meio-dia, o estudante de Engenharia Civil assinou um contrato de pouco mais de um mês, após ter cumprido os habituais exames mecânicos.
Em declarações exclusivas a Os Impressionistas, João foi peremptório ao afirmar "Nunca o conceito de férias foi tão literalmente procurado por mim nesta fase da minha vida e, por isso, não hesitei um minuto em assinar. Estou muito feliz.".
Quando confrontado com o facto do contrato incluir uma cláusula que obriga o estudante a não ter que pegar num único livro na sua duração, JotaTê, como frequentemente chamado pelos amigos, não poderia ser mais explícito: "É verdade que vão ser os primeiros dias desde há muito em que não terei que fazer a ponta disto, mas quando os números e as equações de equílíbrio regressarem, não me farão tremer da cabeça aos pés. Adoro aquilo que faço." - sublinhou.
Finalizando, foi colocada uma questão relacionada com o esforço feito ao longo destes dois semestres ter ou não valido a pena e ainda se o sonho de ter entrado na área e na Universidade, há muito tempo escolhidas, não saiu abalado no fim deste primeiro ano. João atirou: "Quando se trabalha para alcançar os objectivos, não olhando os nossos limites e mesmo que, por vezes, o resultado não reflicta o nosso suor, não se pode esperar muito mais. O Querer, só por si, pode fazer tudo. O resto são meros pormenores. Assim, considero que o balanço é globalmente positivo." - concluiu.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Já me integrava no assunto, já...

(A figura diz respeito ao Teorema de Stokes, uma das 19857364385 crenças fundamentais do Cálculo...)
Antes de mais, permitam-me dizer: está calor.

E com isto, resumo os meus últimos meses em que aconteceram coisas tão terriveís para a sociedade como
- o facto de ter deixado o estatuto de caloiro académico e
- ter ganho o estatuto de portador de carta de condução, categorias B e B1, isto é, popós com quatro rodas.


É um bocado triste regressar ao blog para contar coisas tão simples como estas, mas a verdade é que a minha vida está simples demais (tirando a cadeira de Cálculo Diferencial e Integral II cujas evidentes dificuldades me têm feito coçar com vigor o queixo...).


«Dá mais uma Divergência, dá mais um Green, dá mais um Stokes...só vejo é trabalho e as notas...estão em parte incerta, prefiro assim dizer...»

terça-feira, 26 de maio de 2009

Uma reflexão...

... e alguma esperança de actualizações mais regulares...!
Aqui estou eu! Antes de mais, obrigado por serem tão pacientes e esperarem cerca de 7 meses por uma nova actualização. Deixo aqui então uma mensagem que não é de forma alguma de esperança mas sim de reflexão...


O papa em fogo... O que pensam acerca da excelente metáfora sob a forma de imagem que podem visualizar acima? Todas as opiniões serão bem-vindas.



Estará a igreja a agir correctamente? O que nos reserva?


"O porquê é tão batido como o caminho que vai ter à igreja" William Shakespeare









Pedro, o nato impressionista...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Hurra! Hurra! Hurra!

(...)

Não deixes de tentar caloiro,
Tu tens que aprender,
Que a vida de Estudante,
Também é saber sofrer.

Vais ver darás valor,
Áquilo que te custa a ter,
Caloiro hás-de ser gente,
Nem que tenhas de morrer.

(...)

Marcha do Caloiro
TUIST - Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico


Depois da monumental serenata no Castelo de S. Jorge...
E com o festival académico no Parque da Belavista aí à porta...


Assim vai a SEMANA ACADÉMICA DE LISBOA 2009!

sábado, 16 de maio de 2009

'So when the fight is over...'

(...)

Kiss me, oh kiss me,
Will that make things right ?
Try me, find me,
Just throw them on me…
Those failed expectations…
Floods and afflictions you’re through.
Cause I just might…
I just might, take you home.

(...)

Kiss Me, Kiss me - David Fonseca

domingo, 19 de abril de 2009

Tentativa de conversa

Do miúdo para o poeta.
Zeca: João, concordas que noite é sinónimo de reflexão?

João: Dizer que concordo com a afirmação sem me justificar à luz daquilo que é a minha experiência pessoal, pouco ou nada significaria em termos de objectividade porque, afinal, o que somos hoje em muito se deve ao que fomos ontem. Muitos poderão considerar que não existem momentos preferenciais em que a nossa mente, subitamente, levanta voo e se debruça sobre pensamentos e sonhos - no fundo, aquilo que nos marca e que queremos alcançar. Independentemente do espaço e do tempo, a noite representa simbolicamente aquilo que, num campo criativo, significará o mistério, a ocultação de uma verdade que se pretende descobrir. É, neste ponto, que a noite significa reflexão. Talvez pela carga simbólica que o ambiente nocturno transmita ou por pura necessidade de um intervalo para pensar sobre o que nos atormenta ou, por outro lado, nos faz despertar para a vida, a verdade é que a noite, para mim, pode ser Tudo. Sou feito de sonhos e pensamentos. Isto é Tudo.
Talvez isto seja o início de uma rúbrica interessante ou talvez não...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Tributo à vida

Não é preciso entender minimamente inglês para perceber que não há impossíveis.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Porque é que...?

(...)

Porque é que tudo me acontece contigo?
Porque é que fico alucinado?
Porque é que fico puto à beira do perigo,
Se sou maior e vacinado?

(...)

«Tudo Contigo» - João Gil

sexta-feira, 20 de março de 2009

"Livro do Desassossego"

"(...) Uns de nós estagnaram na conquista alvar do quotidiano, reles e baixos buscando o pão de cada dia, e querendo obtê-lo sem o trabalho sentido, sem a consciência do esforço, sem a nobreza do conseguimento."

"Tenho uma espécie de dever de sonhar sempre, pois, não sendo mais, nem querendo ser mais, que um espectador de mim mesmo, tenho que ter o melhor espectáculo que posso. Assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, palco falso, cenário antigo, sonho criado entre jogos de luzes brandas e músicas invisíveis."

Bernardo Soares

Juro que não sei que mais poderei dizer sobre este Senhor. Palavras não chegam. Até porque chamar palavras às simples e banais letras que possa apontar sobre o que li hoje no Livro do Desassossego não poderão, em momento algum, ser postas lado a lado com as Palavras de um semi-Pessoano.

Pensamentos fragmentados, de expressão complexa, simples ideia, invadiram, de rompante, a minha cabeça.

Mas criemos com ousadia. Ousemos agora esboçar, por hipótese, que o mundo pode não ser, por instantes, aquilo que num Sonho ideal seria o oásis da vida, da paz sem sangue, da felicidade sem limites, da depressão invisível, da tristeza efémera. De forma fácil e estupidamente infame, chegamos à conclusão que há, porém, quem exista simplesmente por existir e encontre na existência, no ser, a sua única forma de assumir presença, esteja onde estiver.

Em tempo e espaço definido pelos nossos contornos, bastarão dois pés assentes no chão para viver?

Não. Viver é também existir. Existir não é viver.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Horizonte

O tempo começa a fugir-me da mão novamente. Tento agarrá-lo de punhos cerrados ou deixo ir-me na onda do "vou fazendo"? Nunca foi nem será essa a minha pauta. Até porque o que hoje tenho em tudo se deve à ambição do "vou fazer agora e vou conseguir fazê-lo". Pergunto-me, sim, se conseguirei alcançar tudo aquilo que quero já e agora. Quando? Onde? Como? São perguntas cujas respostas desconheço.
O horizonte pode ser realmente uma linha muito ténue entre aquilo que podemos e queremos, como também pode ser o penoso inferno do que desejamos, mas podendo consegui-lo, não o tentamos.
A cabeça em tom grave nos grita de aflição, receando que gestos e atitudes não reflictam as suas ordens, os seus impulsos. Os pensamentos ganham forma e cor, nítidos como água que goteja nos nossos olhos que querendo sentir tudo o que a nossa imaginação cria, sentem somente o que a visão lhes transmite. Cá dentro, um eco de palavras soletradas por vozes distantes segreda-nos perto aos ouvidos do sensível. Ao pensarmos, ganhamos asas nesta viagem que é fechar os olhos e voar, voar... Damos por nós e pousámos no céu, olhando como seria a nossa sina se em vez de estáticos, partíssemos à descoberta do que não conhecemos e do que ainda não alcançámos. O sonho tudo isto nos pode conceder, mas existe algo que Ele não consegue: ser real. Se não formos nós, ninguém será. Coragem? Carácter? Sorte? Tudo isso é pouco e vago quando não existe o impetuoso Querer de desejo, mas o banal querer de ganância.
É este o nosso Ser.
Somos feitos pelo que queremos, não só pelo que conseguimos.
E eu quero conseguir.

domingo, 8 de março de 2009

O post que começa pela palavra "não"

Não posto aqui há muito tempo, e creio que a melhor palavra para retomar a minha actividade enquanto Mestre Impressionista seria o vocábulo não.

Será que alguém se apercebe da frequência com que o povo português emprega esta pequena palavra de 3 letras apenas acompanhada por um sempre amigável til, no meio das suas frases quotidianas? A negatividade deste povo é incrível, roçando mesmo o exagero...

Vejamos o seguinte caso: estão dois amigos, um deles encontra-se a comer bolachas, daquela marca que não vou referir, mas que começa por "O" e acaba em "O" com um "R" e um "E" pelo meio, e entretanto, o outro, que não se encontra a comer essas tais bolachas, mas apenas a observar o outro, pergunta "Vais me arranjar um pitz dessas bolachas, não vais?" (reparem que eu pus um sempre animado "pitz", para dar alguma jovialidade à conversa).

E depois há sempre o caso do meu instrutor de código que no final de cada frase, faz questão de fechar com chave de ouro, usando a expressão "não é?", o que acaba por ser um excelente modo de prender a atenção da plateia... até ao ponto em que cada vez que ouvimos estas duas palavras, o som que estas produzem assemelha-se aquele que um porco emite aquando da sua matança.

Para terminar, digo-vos desde já, que este post foi fraquinho, e há que dizer isto com frontalidade, mas antes isto que nada, não é?

segunda-feira, 2 de março de 2009

No Line on the Horizon


Como eu gosto de me armar em espertinho (tem dias, vá...) e de ter as grandes novidades em primeira mão, reservei este álbum há mais de dois meses.

Música e imagem permaneceram na sombra por cinco anos... Mas surgiram, melhor que nunca.

Para quê apresentar quem dispensa apresentações? São eles. U2.

No Line on the Horizon consegue trazer-nos, de resto como todos os outros álbuns destes masters do Rock, uma nova visão do que é o horizonte musical de Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Muller Jr. .

Mais do que um crescendo progressivo à medida que vão soando as diversas faixas, é esta obra também um acumular de mensagens e pensamentos, pintados sob a forma de palavras nas novas onze letras.

Estou a ter o previlégio de o ouvir no dia do seu lançamento e não me arrependo dos dias e noites que esperei para o ter aqui, nas minhas mãos.

Afinal, pode não haver linha no horizonte, mas há sempre esperança e vida para além disso.

Atrevam-se.


(...)


Only love, only love can leave such a mark

But only love, only love unites our hearts


Justified till we die,

you and I will magnify

The Magnificent

Magnificent

Magnificent


«Magnificient»




(...)


You don’t know how beautiful

You don’t know how beautiful you are

No you don’t know how beautiful

You don’t know, and you don’t get it, do you?

You don’t know how beautiful you are

«Get on Your Boots»

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Em busca da Neve


Melo, Gouveia, Serra da Estrela.

Foi este o palco dos meus últimos e frios dias de paródia carnavalesca.

Paródia que se aguçou com o regresso do meu fascínio de infância por uma massa branca e pouco densa de água que dá pelo nome de neve.







Deu para tudo.




Desde escaladas, a verdadeiros safaris pelos indefinidos caminhos de terra batida, envolvidos nas paisagens mais fascinantes que a Serra nos sabe oferecer.






Apenas um bocadinho do que eu vivi nestes FANTÁSTICOS dias.






domingo, 15 de fevereiro de 2009

Esfera Transparente - IX



O pouco que me falta


Sei que um pouco é mais que nada
E que algum é mais que um pouco,
Mas será este pouco de nada
O que me falta para não ser louco?


Ou será este pouco de nada
O mísero pedaço de vida
Que me falta na caminhada

Ao céu da felicidade inatingida?

Sei que o céu é muito mais
Que o pouco que me falta.
Mas será esse céu um dos tais
Que nos leva à ribalta?

Ou será o pouco de nada
Afinal um muito de pouco
Que tornará adoçada
Esta minha cabeça de coco?

Sei que o pouco que não tenho
O tudo para mim significa.
Mas bastará simples engenho
Para vencer sua genica?

Ou estará na conquista
De incerta deusa peralta
Aquilo que me dista
Deste pouco que me falta?



20/02/09

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Eu estou aqui (já dizia o Abrunhosa)

Just to say: I'm still alive. Don't you forget about me. I will return.


Título em português seguido de três orações coordenadas em inglês. Ou serão quatro por introdução dos dois pontos como meio divisor do segmento definido até ao ponto final em duas orações distintas?


A dúvida ficará no ar. Deixá-la-ei para tão vãs cabeças do Ensino Secundário...


Porém, tal grafo bilingue resultará de súbita dilatação da minha veia poliglota? Creio que não.


Ou por outro lado, será consequência do pouco tempo que me passa entre mãos aliado a uma possível confusão mental susceptível de originar cruzamento linguístico derivado de actividade intelectual intensiva? Talvez.


Parvoíce absoluta? Caminha para anos.


Saudades de respirar? Nem imaginam quantas...


sábado, 10 de janeiro de 2009

Há quanto tempo!



Primeira mensagem de 2009. Primeiras palavras para todos os que aqui moram e nos visitam de boa fé e com um sorriso estampado nas suas faces. Bem, nem todos... Ainda assim vos desejo um ano repleto de sucessos em todos os campos da vossa vida.

Posto isto, é altura de revelar os meus próprios desejos para o presente ano.

Ora bem, aqui vão eles:

1. Vencer o primeiro prémio do Euromilhões.

2. Que o Sporting seja campeão (?).

3. Na universidade, passar a, pelo menos, metade das cadeiras (?!).

4. Continuar com este humorzinho de trazer por casa, nomeadamente junto dos meus colegas e amigos que tanto admiro.

5. Cultivar o meu sarcasmo literário e a minha ironia, como fiz até aqui.

6. Voltar a ter tempo para pôr a minha escrita em dia e pegar na minha menina para soltar uns belos de uns acordes.

7. Ter mais tempo para a família que é a base da nossa existência.

8. Ver crescer o meu grau de realização pessoal, a todos os niveís.

9. Aproveitar a vida, mais do que tenho feito até agora.

10. Tudo o que vier, vem por acréscimo.

P.S.: Ferragudo é «grande», mas as pessoas com as quais eu passei quatro noites, ainda são maiores. *