sábado, 30 de agosto de 2008

Fui eu que escrevi isto

Não me esqueço do que escrevo porque escrevo sempre o que sinto.
E o que se sente, nunca se esquece. *

30/08/08

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

E vão duas primaveras...


Mais um dia 29 de Agosto. Mais um verão que, a passos largos, vai queimando os seus últimos cartuchos. Conto duas primaveras desde o ano de 2006 em que, conjuntamente com outros dois impressionistas, criei este blog, surgindo como um espaço de reflexão que acolheu os nossos pensamentos, desabafos ou meras exortações. Agora, olho para trás e vejo que muita coisa mudou. Muita mesmo. Contudo, o blog, esse, continua intemporal e imutável no seu conteúdo, tendo sido alvo de várias actualizações no que toca ao seu aspecto formal. E assim permanecerá, seguindo as motivações que lhe estiveram associadas aquando da sua origem: a produção literária e a divulgação cibernética de pensamentos de pessoas singulares, entre tantas outras, nesta sociedade internetualizada cada vez mais complexa e poderosa.


E assim continuemos.


Parabéns a todos nós.


João, o poeta

Pedro, o mestre

Carvalhão, o desonesto

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Não, não são versos...

Em pleno Agosto e a dois dias de me tornar Homem (não que não o seja, mas à luz da formalidade, só agora me responsabilizarei pelos meus actos...), creio não ser inoportuno voltar a escrever em texto corrido, visto que nos tempos últimos, tenho vindo a explorar outra vertente não menos importante da escrita literária - a poesia.
Considero ainda de extrema importância, redigir certo esclarecimento: em momento algum deixei de escrever prosa, até porque, em intimidade se sabe, que sempre me senti mais seguro a escrever neste registo. Contudo, surgiu-me, de súbito, um certo impulso psíquico para escrever em verso, que alarga, por completo, toda a minha visão de como as palavras se emaranham num todo... É escrever sem pensar quando irei terminar, representando por letras, aquilo que do raciocínio me chega no momento.
Despeço-me, adiantando que certamente continuarei a dar sequência à saga de poemas que criei.
Até sempre.

Esfera Transparente - VI


Futuro, a quanto obrigas


Voltando a Mim e a tudo o que a minha existência implica,
Penso, agora, no que os próximos tempos me reservarão.
No meio de tudo isto, sei que a minha alma não abdica
Da sede de conhecimento que jamais virá em vão.

O ar que respiro é como tudo na minha vida,
Soprando, suave, num único e inequívoco sentido.
Sem margem para dúvidas, tracei minha sina,
Olhando para o além, sereno e enternecido.

Calmo, no meu canto, serei como sempre fui.
Sorrindo para o que a vida me soube oferecer
E da qual minha mente constantemente usufrui
De tantas experiências que a fizeram crescer.

Mas porquê pensar sobre o que não pode ser pensado?
Afinal (e salvo crença no ocultismo) não podemos prever
Os tempos que o futuro nos reserva neste planeta ofuscado
Por eternos dramas a que temos que sobreviver.

Um passo atrás seria voltar ao passado que findou.
Um passo à frente será olhar para o que não posso ver.
Uma certeza Eu tenho sobre o que passou:
Fui Eu mesmo, por muito que não queiram crer.

Não adianta pensar sobre o que virá,
Não adianta remoer sobre certas espigas,
Pois sei que a vida tudo me ensinará.
Oh meu futuro, a quanto obrigas!
04/08/08