quarta-feira, 11 de junho de 2008

Impressões em série


Sei o que pensam. Sei o que estão a pensar. Sei o que paira em tão vãs cabeças neste momento. Nos últimos tempos, tem sido ínfimo o tempo para respirar (muito menos para escrever), pelo que me vejo na obrigação de fundamentar esta lacuna.
E porque os últimos dias têm sido agitados, faço questão de enumerar alguns dos episódios mais marcantes da minha vida social, cujo nível é somente comparável ao de personalidades tão notáveis como o Albano (O da tasca), o Armindo (O do talho), o Acácio (O da drogaria), o Albertino (O dos estores), e o Anacleto (o aspirador de "farinha" nas horas vagas). Bem... Então, cá vamos:
1. 7 de Junho - Nervosismo, ansiedade e esperança movida pela ambição de ver o caneco viajar para Portugal. É, o Euro começou (e bem, para nós). É certo que não foi fácil espetar com duas chamuças nas caras de tamboril (mal cozidas, diga-se) dos turcos. Porém, sei também que o espírito destemido dos Portugueses, tão expressivamente glorificado em obras como «Mensagem» de Fernando Pessoa e em «Os Lusíadas» de Luís de Camões, conseguira ser tudo, o tudo em que alguns momentos faltara (nomeadamente, nas quatro bolas atiradas aos postes...). Com isto, afirmo: sou Português.
2. 9 de Junho - O início do fim da minha vida no Ensino Secundário. O começo de um estudo, pensando nos exames nacionais, estando a primeira prova, a de Português, diante dos meus olhos dentro de pouco menos de uma semana. Ao final do dia, dou um pulo para a linha (a de Cascais, é claro). À noite, descalço, deambulo ao ritmo dela (e apenas dela...), numa euforia desmedida, sem origem nem destino, pela praia de Carcavelos. Bob Sinclar que, curiosidade vos adianto, é de origem francesa e é o pseudónimo escolhido pelo DJ Christophe Le Friant, atracara em solo luso para dar um concerto, ao vivo, até às quatro da madrugada, ventosa e suavemente quente, que antecedera o nascer do Sol. Segundo ele, Everybody is free e foi precisamente esse o espírito transpirado pelo ambiente composto pelas quase cinquenta mil pessoas que assitiram a enúmeras músicas House.
3. 11 de Junho - Cedo marcámos, mas também cedo nos apercebemos que os Checos não são pêra tão doce como os Turcos. Sendo justo o destaque atribuído aos portugueses pelo alcance de mais uma vitória, desta feita frente à República Checa, há também que felicitar fervorosamente dois "portugueses" que não poderiam ser referenciados de outro modo se não entre aspas pelo travo algo baiano que apresentam nos seus bilhetes de identidade... No entanto, há que ter esperança nesta selecção, supostamente, nacional, e pode ser que a taça seja "cedida" a Lisboa, para alegre contentamento de dez milhões de almas pasmadas com o protesto dos camionistas, reflectido nas "curtas" filas de espera nas bombas de gasolina...

1 comentário:

Anónimo disse...

Simplesmente sem palavras...olha, uma coisa por demais, daqui hã daqui...estás-me a oubir? mas ó joão, estás-me a oubir? há tão pera ai que já venho...e são este tipo de saidas que nos fazem ter estes momentos de reflexão né?
abração pah[[]] =D