segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Esfera Transparente - VI


Futuro, a quanto obrigas


Voltando a Mim e a tudo o que a minha existência implica,
Penso, agora, no que os próximos tempos me reservarão.
No meio de tudo isto, sei que a minha alma não abdica
Da sede de conhecimento que jamais virá em vão.

O ar que respiro é como tudo na minha vida,
Soprando, suave, num único e inequívoco sentido.
Sem margem para dúvidas, tracei minha sina,
Olhando para o além, sereno e enternecido.

Calmo, no meu canto, serei como sempre fui.
Sorrindo para o que a vida me soube oferecer
E da qual minha mente constantemente usufrui
De tantas experiências que a fizeram crescer.

Mas porquê pensar sobre o que não pode ser pensado?
Afinal (e salvo crença no ocultismo) não podemos prever
Os tempos que o futuro nos reserva neste planeta ofuscado
Por eternos dramas a que temos que sobreviver.

Um passo atrás seria voltar ao passado que findou.
Um passo à frente será olhar para o que não posso ver.
Uma certeza Eu tenho sobre o que passou:
Fui Eu mesmo, por muito que não queiram crer.

Não adianta pensar sobre o que virá,
Não adianta remoer sobre certas espigas,
Pois sei que a vida tudo me ensinará.
Oh meu futuro, a quanto obrigas!
04/08/08

2 comentários:

Anónimo disse...

Eh pah que mestre....adorei este..este tá muito bom joão..sim senhora..isto admite lá, foste buscar inspiração à nossa noite eheh =D (não pensem coisas xD)

Anónimo disse...

soberbo... sem duvida um grande poema de um grande poeta