domingo, 23 de agosto de 2009

Noite, sonho e tudo o mais


É noite e o sono não surge.
Esconde-se, teimando em escapar…
Por agora em mim apenas urge
O Sonho em sonhos alimentar!

Não que seja nítido para mim,
Nem tão pouco simples de compreender
Que a secreta voz me segrede assim…
Como se fosse simples viver!

(Olho o profundo silêncio que é o pensar.
E pergunto-me como se me desconhecesse…)

Do que me valerá afinal
Afastar a sombra da ilusão
Quando os meus pensamentos
A meia haste estão?

Não a meia haste de luto, ora essa!
Mas sim a meia altura.
Aquela que me grita para descer à Terra
Enquanto fito o céu da Ternura!

Doravante, por ti, oh vida!
Que farei para te dotar de sentido?
Agarro a felicidade proibida?
Ou morro só e arrependido?


Aspiro as respostas...
Essas que mantêm viva a esperança.

23/08/09

2 comentários:

Zequinha disse...

Quando te referes à felicidade proibida, lembra-me sempre um provérbio português :

" O fruto proibido é o mais apetecido" ,

e acho que se te "apetece" mesmo... poderás ficar um dia arrependido mas só nunca ficarás, porque estarei sempre aqui contigo <3

Sabes que podes contar comigo, (com os meus comentários é que já é um pouco menos provável xD)

Filipe Soares disse...

muito bom mesmo estes teus poemas!!! Deixam-me sempre a pensar onde vais buscar tamanha genialidade ... pergunto-me quem será a tua Tágide (numa clara referência aos Lusíadas) que te dá força e inspiração para estes teus poemas