quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Esfera Transparente - VII


Agosto meu


Nem sei como começar esta poesia que agora escrevo
Pois tudo é pouco para exprimir o que neste mês teve lugar.
Talvez comece pelo início dando grande relevo
Ao regresso daqueles terriveís ataques de falta de ar.

E ao sexto dia desta mesada, mais antigo me tornei.
Caíndo na ilusão de que a minha vida não mudaria,
Pois nada me fazia crer que, pelos vistos, errei
Ao desenhar a minha sina que cedo chegaria.

Na ânsia da chegada do mais alto dia doze,
Em pensamentos nítidos, meu futuro idealizava:
"Vou ser feliz sem que nada ouse
Destruir meu Amor por quem tudo dava."

Um beijo de paixão, uma palmadinha nas costas...
Nessa altura, estava longe de imaginar
O fim de um ano de mentiras impostas
Sob um véu que em tudo me soube enganar.

Uma alma, à primeira vista, serena,
Durante um intenso ano me fez crer
Que tudo o que fiz valeu a pena...
Estava tão cego que não consegui ver!

E hoje? Hoje, o que sinto, não sei.
Sei apenas que no meu olhar triste,
Mais lágrimas de dor não abrigarei.
Agosto meu, o quanto me traíste!
03/09/08

4 comentários:

Zeca, o miúdo impressionista... disse...

João, com toda a franqueza, o melhor de todos =D
Um novo capítulo que se vai começar a escrever na tua vida, tendo como esta poesia o término desse mar de mentiras, para o início da tua verdadeira vida!
Sempre que precisares...;@)

Anónimo disse...

6 quadras... tanto sentimento... boa sorte com o futuro... Tu és e serás sempre um vencedor ;)

Andreia disse...

Cada momento, cada palavra, cada gesto, cada coisa que te leva a pensar... não existe. Guarda as recordações para mais tarde =)

Anónimo disse...

O poema está lindissimo e resume todo o teu grandioso talento para a escrita. A minha tristeza é que nele exista sofrimento... Sofrimento este, que não eras tu que o deverias sentir porque acima de tudo... não foste tu que erraste.

Beijo grande joão e sabe que, os amigos nunca te irão fazer sofrer.

Adoro-te <3